O SENHOR DOS ANÉIS: A SOCIEDADE DO ANEL, por J.R.R. TOLKIEN
- Mayara Albuquerque
- 7 de ago. de 2018
- 3 min de leitura

SINOPSE:
"Frodo Bolseiro é um hobbit do Condado, que recebe de seu tio Bilbo um anel de rara beleza. Esse anel tem uma longa história: foi roubado de uma criatura chamada Gollum (como relatado no livro O Hobbit), e desde então ele tem sido guardado por Bilbo. O Mago Gandalf, um velho amigo de Bilbo, percebe o poder que aquele anel possui, não sendo um anel comum, mas sim o Um Anel, artefato mágico forjado por Sauron, o Senhor do Escuro, e que fora perdido numa batalha muito tempo antes. Se recuperado, o Um Anel permitiria a Sauron o domínio definitivo sobre toda a Terra-média. Gandalf convence Frodo a partir para destruir o anel, após vender Bolsão, Frodo leva consigo seus amigos Sam o protagonista, Merry e Pippin para sua aventura."
Primeiramente, eu conheci o universo maravilhoso do Professor Tolkien, como muitos outros, através dos filmes feitos por Peter Jackson, e sou muito fã tanto da trilogia de O Senhor dos Anéis quanto de O Hobbit. Só então eu li meu primeiro livro do autor, O Silmarillion, seguido de O Hobbit.

Uma das coisas que observei ao finalmente ler o primeiro livro da trilogia de O Senhor dos Anéis foi que a adaptação de Peter Jackson foi realmente muito bem feita, e não, ver o filme antes de ler o livro não atrapalhou em nada minha imaginação (apesar de Tom Bombadil ser um personagem bem legal, entendo perfeitamente por que ele ficou de fora dos filmes). É fato que J.R.R. Tolkien é o pai da fantasia moderna, mas seu estilo de narrativa ainda não é tão dinâmico quanto nós estamos acostumados. Você pode observar que ele "perde" bastante tempo com descrições bastante detalhadas do cenário, minúcias de cada trecho de viagem da Sociedade, o que faz o ritmo dele se assemelhar ao ritmo de obras do fim do século XIX que eu li, como Frankenstein, Drácula, O Retrato de Dorian Gray, que possuem um ritmo mais "arrastado" e são um pouco mais difíceis de ler, principalmente para aqueles que não tem esse hábito. Mas esse ritmo um pouco mais lento acaba sendo ainda mais imersivo, de certa forma, pois a viagem de Frodo e seus companheiros, só nessa primeira parte, já tem uma duração de muitas e muitas semanas. Assim, quando você termina de ler, fica realmente parecendo que você acompanhou aquela viagem por todos aqueles dias de caminhada, luta, etc. Até agora, para mim, o ritmo de narrativa de O Hobbit é o mais dinâmico do autor.
Quanto à construção de mundo, eu realmente acho que não preciso falar nada. Tolkien conhecia a fundo o universo que criou e mostra isso em cada página, como se ele mesmo vivesse lá. Seria incrível poder visitar o Condado, Lothlórien, Valfenda, ver os Argonath, e as canções em élfico deixam a gente com vontade de aprender a falar aqueles idiomas lindos.
Enfim, nunca é demais reforçar o quanto Tolkien foi um marco na literatura mundial e que vai ser eterno por conta de suas obras fantásticas, não só em gênero, mas em qualidade. Se você não é um leitor ávido ou nunca leu uma obra desse autor antes, sugiro que comece pelo O Hobbit, para se acostumar gradualmente com o estilo de narrativa dele. Mas uma coisa é certa para todos: a Terra-Média nunca mais sai do coração de quem passa a conhecê-la.
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